A matéria foi feita após entrevista realizada e “registrada”
com a pesquisadora responsável Graciene
Fernandes, da Ufopa, e com o promotor Tulio Novaes.
Entenda o caso – Como resultado da pesquisa da Ufopa, realizada
a pedido do Ministério Público, o resultado DIVULGADO no dia 13 de fevereiro no
site da Ufopa apontou que em mais de
80% das amostras foi detectada a presença de coliformes totais e de
termotolerantes. Os parâmetros foram baseados na Resolução nº 357 (2005) do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
O teste de potabilidade MOSTROU que a água de
Alter é imprópria para ser consumida, com BASE na pesquisa e na resolução do
Conama; se a água não serve para ingestão também não serve para recreação,
banho etc. Por representar o MESMO RISCO DE CONTAMINAÇÃO, segundo AFIRMAÇÕES da
PESQUISADORA.
A pesquisadora falou
ainda da necessidade de a população ser informada do risco e citou como exemplo
as praias do litoral brasileiro, que contêm avisos informando que “essa água
está própria ou não banho”, porque então o banhista decide se entra ou não em
contato com a água contaminada. Pelos resultados obtidos, acredito minha
percepção quanto a isso é que a praia deveria sim ser interditada; a
pesquisadora acredita que as medidas que foram adotadas durante o período do
carnaval não serão suficientes para resolver o problema, só minimizar por um
período.
Em entrevista o
promotor Tulio Novaes explicou que não adianta apenas ter balneabilidade
aprovada, porque um resultado não pode ser desvinculado do outro, para
segurança da população. Segundo resolução do Conama, os dois resultados têm que
estar ok. Para o promotor, o pedido de interdição é só a ponta do iceberg,
porque o principal é a realização do pedido hidrossanitário de Alter, que não
despejem mais matéria fecal no lago, havendo necessidade de uma estação de
esgoto, “que é o que a gente pede na ação”, explicou Tulio, já que a raiz do problema é o
saneamento.
Minhas
notas pessoais sobre a divulgação do resultado e publicação da matéria.
Após a publicação da
matéria na Folha de S. Paulo, jornal do qual sou colaborada, fui alvo de
criticas, tentativas de desmoralização e mentiras de alguns membros da equipe
de assessoria da Prefeitura Municipal de Santarém, com o intuito de me
intimidar por conta da imensa repercussão que a matéria teve.
1-
Nesse sentido,
uma das ações da prefeitura foi divulgar nota para imprensa santarena, dizendo
que a matéria estava errada.
2-
Mentindo que a prefeitura não foi contatada por mim.
O que não é verdade , como mostram os prints da conversa entre mim e uma das assessoras da prefeitura.
O que não é verdade , como mostram os prints da conversa entre mim e uma das assessoras da prefeitura.
3-
Ligações
com palavras de baixo calão (que não gravei) e SMS que eu divulgo aqui, recebido pelo chefe da
divisão de imprensa da prefeitura de
Santarém
Quero
dizer que, como jornalista, apenas cumpri meu dever de informar o resultado
feito por uma pesquisa séria e que tem como único intuito colaborar com que a
prefeitura tome medidas para o bem estar da população. Antes que algo mais
grave aconteça.
Lamento
a atitude que considero covarde, tomada por alguns assessores da prefeitura,
despreparados, que pensam apenas em agradar ao chefe e que não sabem lidar com
a imprensa e nem respeitar o trabalho dos jornalistas.
Lamento
que a pesquisadora também venha sofrendo essas pressões, e que, como disse na
matéria publicada pela Folha, também pode ate desistir da pesquisa, caso não
haja comprometimento do poder publico.
Na
certeza de que a população compreenda que a divulgação não tem como foco
denegrir a imagem da vila, mas alertar quanto aos riscos, dando a possibilidade
de a população decidir se tem contato com a agua contaminada ou não, e colaborar
com a ação e principalmente COBRAR da prefeitura a continuidade e divulgação
dessa IMPORTANTE PESQUISA, para que nossa mais bela praia, não seja destruída.
Não
é escondendo um problema que ele será resolvido, mas discutindo abertamente e
honestamente com a sociedade .
Sem
mais, Ronilma Santos.
Gostaria também de contar com a colaboração de todos os jornalistas do Brasil, para que não possamos ser impedidos ou soframos retaliações ao executar nosso papel ,que é o de informar e não o de maquiar a realidade.
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