A tragédia aconteceu no dia 5 de novembro, mas até agora não houve punições. Duas pessoas continuam desaparecidas e a lama segue causando prejuízos à população.
Os dois meses do rompimento da Barragem do Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana, na Região Central, foram lembrados às 16 desta terça-feira com um ato público em frente à Catedral da Sé, no Centro da cidade. O ponto alto foi "um minuto de sirene" para lembrar a maior tragédia socioambiental do país, que, em 5 de novembro, matou moradores no subdistrito de Bento Rodrigues, deixou desaparecidos soterrados pela lama de minério de ferro, devastou a vegetação e levou os rejeitos da estrutura da mineradora até o Oceano Atlântico.
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O ato foi coordenado pelo grupo de Bento Fala, formado por professores,arquitetos,advogados e outros profissionais para ajudar as comunidades atingidas. O professor de história Kleverson Lima, do Bento Fala, lembrou que a sirene é um símbolo de cidadania e um grito de alerta, para que a tragédia jamais seja esquecida. Quando a catástrofe completou um mês, foi realizado ato semelhante às 16h, horário do rompimento. "Estaremos todos os meses aqui, sempre no dia 5", afirmou o professor. "Se houvesse uma sirene no local, muitos não teriam morrido", acrescentou.
Além da sirene, foi montado um painel localizado as comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, também em Mariana. "Ao ouvir a sirene, fiquei emocionada. Deu um arrepio", disse a professora Silvana Dias, que trabalhou numa escola de Bento Rodrigues durante 12 anos. "As pessoas ainda estão se adaptando em Mariana, este recomeço não é fácil. Há muito para ser resolvido. Se tivesse essa sirene no local,tudo seria diferente", lembrou.A ex-moradora de Bento Rodrigues, Edilaine Marques dos Santos, agente distrital, resumiu a situação: "Essa sirene é tudo o que faltava lá no Bento".
Fonte - em.com.br Gerais
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