quarta-feira, 21 de maio de 2014

Jatene tem forte rejeição no Oeste e no Sul/Sudeste do Pará

A aspiração separatista das regiões centradas nas cidades de Marabá e Santarém será um peso para o governador paraense Simão Jatene, do PSDB, na sua tentativa de se reeleger. A lembrança do plebiscito pela emancipação do Carajás e do Tapajós, realizado em dezembro de 2011, torna-se um item nada desprezível para os candidatos nas eleições gerais de outubro próximo. Mesmo tendo sido derrotado no âmbito do Estado do Pará, naquelas regiões o “Sim” obteve em torno de 95% das adesões aos novos Estados.

Foto: Em novembro de 2013 o governador meteu-se num bate-boca com um grupo de alunas da Escola Estadual Rio Tapajós, em Santarém, fato que obteve grande repercussão em todo o Pará. Sinal claro da rejeição?
Dessa forma, não será fácil a campanha pela reeleição do governador Simão Jatene, assim como dos “candidatos de fora”, como são chamados em Santarém e Marabá os políticos de outras regiões, especialmente aqueles que têm as suas principais bases eleitorais na capital, Belém.
Uma considerável parcela do eleitorado rejeita o nome do atual governador, segundo levantamento prévio da Doxa, empresa de pesquisa presidida pelo cientista político Dornélio Silva. 
Quem dá a explicação é o próprio Dornélio:

“Nas pesquisas eleitorais deste ano, pretendo acrescentar a questão do separatismo, já que essa é uma variável imprescindível na decisão do voto dessas duas regiões que pretendem a emancipação. Em estudos anteriores, realizados em outubro de 2013, já coloquei essa questão. O que vimos foi uma forte rejeição ao nome de Jatene, tendo em vista que a lembrança do plebiscito está muito presente. O Jatene, ao escolher o deputado federal Zequinha Marinho (PSC), como candidato a vice-governador, tem o claro objetivo de segurar os votos do Sul do Pará, já que Zequinha é oriundo daquela região (Conceição do Araguaia), além de contar com o forte apelo evangélico. Acredito que vão prevalecer os votos dos candidatos da região em detrimento dos de fora, convergindo os votos no campo local das regiões que pretenderam a emancipação".
Bússola Eleitoral

Dornélio Silva acrescenta: “Pensando principalmente nos candidatos a deputados estaduais e federais que têm dificuldades de encomendar pesquisas, a gente pensou e lançou um produto intitulado Bússola Eleitoral. Vamos fazer as pesquisas pelas 12 regiões de integração onde podemos identificar melhor os redutos de cada deputado. Claro que vamos medir a intenção de voto de governador, senador, presidente”.
A Bússola Eleitoral começará pela Região Metropolitana (Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara). “Anunciaremos quando a pesquisa estiver concluída. Ao mesmo tempo, informaremos o início da próxima pesquisa e a região a ser pesquisada”.

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